16º GRANDE PRÉMIO INTERNACIONAL DE ATLETISMO "11 DE OUTUBRO" - S.JOÃO DA MADEIRA

Pois... isto, ás vezes, é como as cerejas...

No "post" anterior, mostrámos a nossa preocupação como algumas provas abertas reflectem algum menos cuidado nos detalhes organizativos.

Nem de propósito. Aqui fica o depoimento do nosso associado/atleta NARCISO ARROMBA que participou, sábado passado , em S.João da Madeira, no 16º Grande Prémio "11 de Outubro".

Percorreu a distância regulamentar de 8km em 38:22, ficando em 345º lugar na Geral e 17º no seu Escalão Vet. M55.


(…)Participei no sábado (dia 15) à noite no 16º G.P. "11de Outubro" em S. João da Madeira, na distância de 8 Kms, com o tempo oficial de 38:22, sendo 17º no escalão Vet. M55 e 345º na geral ( resultados no site da A.A. Aveiro)
Prova com um elevado nível de participação, como era expectante, desde logo pelos prémios monetários em disputa, com cerca de 500 atletas na prova principal e centenas de outros nas restantes provas e caminhada ( 71 benjamins femininos e por aí adiante !!! )
Quanto à (des)organização, foi o caos total, a repetirem-se os erros do ano passado.
Desde logo, caos no levantamento dos dorsais, com 1 extensa fila única para provas e caminhada e duas pessoas a distribui-los à volta de uma pequena mesa improvisada ao ar livre. Tal como no ano anterior.
Depois, caos no decurso das provas: os últimos a chegar não conseguiam cortar a meta totalmente obstruída com os atletas da prova seguinte. Ver, sobretudo crianças pequenas, impossibilitadas de cortar a meta, foi chocante.
A prova principal, para muitos, penso que a maioria, não terminou na meta, mas 30,40, 50 metros ou mais antes, numa descida acentuada, pois tínhamos que meter travão a fundo depois de dar uma curva apertada, para não colidir com uma fila extensa, a mesma do caldo verde e da entrega dos dorsais e do levantamento da t-shirt.
Um espectáculo!!!. A (des)organização continua a não perceber, que os atletas depois de concluírem a prova precisam no mínimo de trocar de roupa, pois banhos que eu saiba não existem, sendo muito desagradável estar meia hora e mais parado numa fila todo transpirado a enregelar, não só à espera de entregar o dorsal, o que até é compreensível, mas também de um anunciado caldo verde, que para mim e muitos outros não passou de uma promessa, por se ter esgotado.
Poderia enumerar muitos mais sinais do caos instalado. Vou referir só mais um, por ser inédito e anedótico: no 1º controle, situado numa zona quase às escuras, tínhamos que procurar o cordão de controle no chão, onde estavam espalhados em redor de duas crianças, supostamente da "organização", completamente desorientadas.
Foi de chorar a rir ( na altura não teve graça) ver os "ceguetas", comigo incluído, a apalpar o chão escuro na ânsia desesperada de encontrar um cordão, que teimava em aparecer, pois não deram para as encomendas e alguns atletas, com boa visão, a apanhar mais do que um e a distribui-los simpaticamente pelos vários "Mister Magoo", debruçados no chão às apalpadelas.
INACREDITÁVEL!!!.
Para culminar, embora já estivesse à espera, atribuíram-me mais 1 minuto e tal , do que efectivamente demorei: provavelmente foi o tempo que estive na fila do caldo verde, até cortar a meta!!!
A organização tem que ser realista e sensata: não pode teimar em tentar fazer uma prova com a dimensão que pretende, sem estar dotada dos meios, sobretudo humanos, necessários para o efeito ( dinheiro, a avaliar pelos prémios, parece não faltar). S. João da Madeira merece melhor.
Um abraço, Narciso Arromba

JL.18.10.2011